terça-feira, 7 de agosto de 2012

Wim Wenders e Aprendenders

Traição, segredos, mentiras.
Se me perguntam (que não perguntaram, mas por isso mesmo tenho este blogue), devia ser assim apresentada a história do Patinho Feio.
Uma pata põe um ovo e sai de lá um cisne.

Desenganem-se todos, que isto não trata o tema da diferença nem das agruras do crescimento. É de adultério que aqui se fala. E contam isto aos miúdos, à guisa de lição de vida, de encorajamento para todos os adolescentes trombudos e feiocos deste mundo. Não, meus amigos! Até podem ser feios e saibam que isso não tem mal nenhum (a não ser na adolescência. Aí é super importante ser giro de cair para o lado, lamento), mas não me convencem de que ser filho do padeiro é a mesma coisa que ter um nariz nada inconspícuo.

De clímax em clímax

A palavra «clímax» aplicada ao orgasmo.
E isto é um problema porque...?

Porque me estraga todo e qualquer estudo que possa querer conduzir acerca da tragédia.
Porque um orgasmo é um orgasmo e o Édipo a aperceber-se de que, vistas bem as coisas, matou o pai e conheceu, biblicamente, a própria mãe - e, subsequentemente, a cegar-se - é, isso sim, um clímax.
Diria que ninguém, no seu perfeito juízo, gosta de ver aproximadas estas duas situações.


Bem sei que um clímax é o momento mais intenso de algo, mas caramba!, que me estraga o Agamémnon sem necessidade nenhuma, com risinhos interiores muito adolescentes. Já para não falar dos Harlequins...